segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Tributo ao Mestre: Miguel


Ainda me lembro muito bem...
Chegou e se apresentou timidamente, perguntou qual eram meus conhecimentos e experiências com o caiaque e com Mar...
Pensou... E iniciou abordando alguns fatores de segurança. Apresentou as características do caiaque e as diferenças básicas dos vários modelos.
Falou da importância do aquecimento para este ou qualquer atividade esportiva. Explicou alguns detalhes sobre o leme retrátil quanto ao comando e ajustes.
Comentou as diferenças dos tipos de remos quanto ao modelo e material, apresentou com qual remo iríamos iniciar e então me mostrou o posicionamento e a técnica da remada.
“Bem... vamos nos preparar, e colocar o barco na água, e então vou passando mais algumas informações” (disse ele).
Pronto os barcos na água, equilíbrio... Um suave deslocamento e partimos atravessando o canal portuário. Miguel parecia um pouco apreensivo, pois depois de algum tempo de amizade pude conversar melhor sobre o início de cada aluno que ele iniciou e pude entender como é grande a responsabilidade assumida naquele momento...
Atravessamos o canal e pudemos remar calmamente, trocando idéias, rumo a Ilha das Palmas, ele já parecia mais descontraído e talvez mais confiante que minha pouca habilidade não ofereciam riscos.
Realmente Miguel é um cara muito especial... Pois pude ver e sentir que em pouco tempo ele estava “solto” e vibrava com minha evolução elogiando minha facilidade e vontade de aprender.
Minha primeira aula de caiaque foi um verdadeiro presente... Fomos até a Ilha das Palmas, e era um sonho meu ir remando até lá, eu jamais imaginava que poderia chegar à ilha já na primeira remada, e para completar fomos contemplados com um lindo pôr do sol em pleno horário de verão, ao qual, assistimos de dentro de nossos caiaques, parados apenas contemplando...

"As primeiras aulas:"


Procurei a Canoa Brasil (escola de canoagem em Santos) que me apresentou o instrutor de canoagem e agendamos várias aulas.Hoje posso dizer com o orgulho: ele foi meu instrutor, se tornou meu amigo e será sempre meu Mestre.
O nome dele: Miguel Franco ...

Como tudo começou...



Talvez você imagine que se o assunto é canoagem, trata-se de alguém que nasceu praticando esportes náuticos, um verdadeiro “Lobo do Mar”, ou um atleta que em determinado momento se adaptou a novas emoções.
Errado !!! Na verdade, nunca pratiquei esportes, apenas experiências sem continuidade... e minha intimidade com o Mar, sempre foi meramente contemplativa.
Meu interesse por caiaques surgiu a partir de duas rodas... Acreditem foi através de uma motocicleta.
Como??? Pilotando minha moto num lindo dia de sol, rumo a Praia Grande, após passar pela Ponte Pencil, parei em uma marina, a fim de tomar uma “gelada” e apreciar a bela vista, foi quando vi alguns canoístas deslizando com seus caiaques.
Nesse momento descobri que a “liberdade” que buscava não podia estar presa no asfalto, sobre duas rodas... Eu precisava de mais... Precisava deslizar naquelas águas calmas, ouvir os sons da natureza, sentir o sol aquecer meu corpo e o mar se tornando cúmplice num refrescante mergulho.
Após muita pesquisa sobre o assunto e muitas aulas, passei por vários modelos de caiaques e então surgiram as remadas longas... à qual chamamos de travessias... mas isso já é uma outra história.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

" A escolha do Barco ..."


Dizem que um barco tem alma própria e que na verdade “ele” é que nos escolhe e não nós que o escolhemos...
Nunca poderei provar se a afirmação é real ou não.
Mas além do gosto por este ou aquele modelo, existem as características para o qual cada modelo fora desenvolvido e a adaptação física e ergonômica de cada pessoa, e claro a empatia real a troca de energia entre o remador e o barco... Transcende tudo isso, pois aos poucos com as experiências surge uma confiança, um prazer... Uma verdadeira “parceria”.

"Espelho d'água"

"Espelho d'água"
Itapanhaú - Bertioga